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Retábulo de Nossa Senhora do Rosário dos Escravos

Retábulo de Nossa Senhora
do Rosário dos Escravos

Retábulo de Nossa Senhora do Rosário dos Escravos

Data: 1740
Período/Estilo: Barroco Final ou Joanino
Entalhador: Manuel da Costa Andrade
Risco: Francisco do Couto e Azevedo

Retábulo encomendado pela confraria de Nossa Senhora do Rosário dos Escravos e São Benedito, em 1740, ao arquitecto Francisco do Couto e Azevedo e executado pelo entalhador Manuel da Costa Andrade.
O resultado é uma interpretação exemplar da linguagem decorativa exuberante própria do estilo barroco joanino: uma profusão de elementos elegantes e cenográficos preenchem toda a superfície. Sanefas, dosséis e cortinados presos por cordões com borlas ajudam a criar maior aparato e enquadram os nichos para as esculturas e toda a estrutura superior do altar. No centro, no remate do nicho do primeiro andar, surge uma cartela onde se insere o monograma de Maria (AM).
Por ser uma confraria de escravos o São Benedito (actualmente num altar colateral da igreja), bem como o São Patrício, estavam presentes neste retábulo, pois ambos eram filhos de escravos ou foram escravizados.
No registo superior encontra-se a Nossa Senhora do Rosário, ladeada por São Cristóvão (à esquerda) e pelo franciscano São Diogo (à direita). Na zona inferior, ao centro, encontramos a Santa Luzia (procedente de outro altar da igreja que foi a ela dedicado), ladeada por São Gonçalo (à esquerda) e São Patrício (à direita).
A mesa de altar foi substituída em época posterior, sendo já de estilo neoclássico.