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Retábulo de Nossa Senhora da Graça ou da Senhora da Rosa

Retábulo de Nossa Senhora da Graça ou da Senhora da Rosa

Retábulo de Nossa Senhora da Graça ou da Senhora da Rosa

Data: 1743
Período/Estilo: Barroco Final ou Joanino
Entalhador: Manuel da Costa Andrade
Risco: Francisco do Couto e Azevedo

Retábulo encomendado pela Irmandade de Nossa Senhora da Graça, em 1743, a Francisco do Couto e Azevedo e executado pelo entalhador Manuel da Costa Andrade, responsáveis por uma interpretação esmerada da linguagem decorativa exuberante própria do estilo barroco joanino: uma profusão de elementos elegantes e cenográficos preenchem toda a superfície e enquadram a estrutura, os nichos para as esculturas e os vãos centrais onde actualmente se encontram duas pinturas. No centro, no remate do nicho do primeiro andar, surge uma cartela onde se insere o monograma de Maria (AM).
A pintura mural do corpo central inferior data do século XV e está atribuída a António Florentim ou a Álvaro Pires de Évora, tendo sido descoberta numa intervenção de restauro de 1908. Representa a Nossa Senhora com o Menino, tendo a seus pés um casal de doadores, que se pensa serem os reis de Portugal D. João I e D. Filipa de Lencastre, acompanhados por dois santos – São João Baptista e São João Evangelista, santos homónimos do rei. O registo superior é preenchido por uma pintura a óleo sobre tela que representa São Jerónimo anacoreta, mas que não é original do retábulo.
Nos nichos laterais encontramos as esculturas de Santa Isabel e Santa Clara (em baixo) e de Margarida de Cortona e Maria Madalena (em cima).
A mesa de altar foi substituída em época posterior, sendo já de estilo neoclássico.